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Restaurantes em tempos de pandemia

16 de abril de 2020

Os números não deixam mentir: pouco mais de 10% do PIB nacional é fruto da atividade de bares, restaurantes e outros marketplaces de alimentos e bebidas, segundo dados da associação que compreende o setor (ABRASEL). É muito. A queda dessas cifras representa um baque para a economia nacional. Mas, em meio a um novo momento de turbulência, de proporções inéditas, eles tornam a se reinventar.

Isso porque podem ser considerados tão antigos quanto a própria civilização humana. Lugares onde são servidas refeições mediante pagamento. Vestígios destes foram encontrados nas ruínas da Pompéia, Roma Antiga. A Europa foi-lhes celeiro e nela viram o atravessar de séculos e Idades. Venceram pestes, guerras, grandes navegações e seguem, em ideia, intactos: lugares onde são servidas refeições mediante pagamento. O que é possível aprender com os restaurantes e o que os restaurantes aprenderam, rapidamente, para enfrentarem as restrições em resposta ao novo coronavírus?

Sendo o indivíduo um ser social, foi rápido para que o ‘restaurant’, alcunha francesa para “aquilo que restaura”, logo se tornasse uma das principais escolhas para o encontro entre as pessoas. “Aglomeração” pode bem descrever o visual de alguns dos principais nomes do cardápio de restaurantes num bom final de semana. Até o controle da pandemia, entretanto, a recomendação é de isolamento social. O segmento, entretanto, não abriu mão de seu posicionamento como serviço essencial à população e, respeitando o que foi determinado pelas organizações de saúde, resolveu fazer sua roldana da economia girar. Como? Se adaptando ao momento e investindo no que está na palma da mão de seu público: as compras pelo ambiente virtual.

Essa é uma lição a ser aprendida com os restaurantes: é preciso agir rápido e com as ferramentas certas. Se há demanda e possibilidade de produção dentro das normas estabelecidas, cabe acertar a logística de compra – sobretudo fortalecendo a presença nas redes sociais e desenvolvendo um sistema de ecommerce – e entrega. Esta última, inclusive, tem sido um dos grandes paradigmas do setor na atualidade. A multiplicação de ofertas de delivery democratizam o acesso aos produtos e são soluções eficazes para solver a ponte “cliente x estabelecimento” – incentivando que mais pessoas possam ficar em casa e ainda assim seguirem consumindo. Há também o sistema de atendimento/entrega Drive-Thru que, na existência de estrutura adequada para tal, pode ser uma escolha certeira para muitos lojistas.

Até então, os aplicativos de Delivery já contam um aumento médio de 30% nas vendas de suas plataformas. Falando assim em nomes tecnológicos, não fica claro que aí, bem aí nos mesmos dados, estão os restaurantes, agora reinventados em algoritmos, novamente deixando um legado. Há algo muito urgente a ser aprendido com os restaurantes. Algo a respeito de como ser essencial para seu público, haja coronavírus ou não.         

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