Após dois anos de pandemia, que abalaram o comércio brasileiro, 2022 registrou um aumento de 36% nas vendas em lojas de shopping no Dia das Mães

26 de outubro de 2021
O Mais aguardado
O fim de ano sempre foi, ao menos há algumas boas décadas, o momento mais ansiado pelo varejo. Décimo-Terceiro, presentes de Natal, confraternizações, viagens, réveillon e ademais, um combo completo de satisfação para consumidor e lojistas.
Mas em 2020, a incidência da pandemia de Covid-19 pôs a tudo a perder. Mesmo. E o varejo nacional, sobretudo o presencial, que passou o ano trôpego, buscando se reinventar à base do empirismo, trocando o pneu com o carro em movimento, contabilizou o pior fim de ano de sua história.
Demorou para os sinais positivos virem nos últimos meses. Mas, sobretudo a vacinação avançada fez o segmento voltar a ter esperanças de uma recuperação que, inevitavelmente, passa por bons resultados nesse período do ano. E ele já tá logo ali, mais um fim de ano, talvez o mais aguardado de todos, sendo preciso estar preparado.
Planejar nunca é demais
Os indicadores da Deloitte apontam para aumentos na casa dos 7% aos 15%, no faturamento dos mais diversos setores, na temporada que compreende o mês de dezembro e uma sobra dele, no começo do mês de janeiro próximo, na ebulição deste fim de ano. Mas, se tem uma palavra que a gente voluntariamente repete por aqui em nossos artigos é: planejamento.
Temos um novo cenário, neste ano, em comparação ao ano passado e aos pré-pandêmicos que passaram antes deste. A total insegurança do público consumidor em ir ao PDV, registrada em 2020, deu espaço à segurança mediante os resultados da imunização contra o coronavírus. Toda essa confiança, e o paulatino, porém incontestável, retorno dos clientes aos pontos físicos, entretanto, inspiram sérios cuidados no planejamento para o fim de ano.
Já se é sabido que, neste momento de retomada, os consumidores estão mais ligados no compromisso ético das marcas, dos lojistas, com a segurança de seus colaboradores, seu público, e mais dispostos a tomarem uma decisão de compra, ou rejeição, frente a esses comportamentos.
É de fundamental importância investir numa atuação que, de antemão, deixe claro às pessoas que sua loja se importa e que segue de forma exemplar as medidas de combate à pandemia. Pense em estratégias para atrair os clientes à primeira visualização de seu estoque nas mídias digitais, conferindo mais agilidade à conversão e rotatividade no estabelecimento. Também é basilar a atenção quanto à distribuição dos produtos e o aproveitamento dos espaços no interior da loja.
Vantagens
Como fruto e, ironicamente, também raiz desse planejamento há a interrogação: quais as metas da minha loja nesse final de ano, para além de incrementar nosso faturamento? Aumentar o tíquete-médio? Ampliar a cartela de produtos? O Recorte do público? Fidelizar os clientes rotativos? Experimentar uma nova abordagem, um novo posicionamento de mercado?
Independente de quais sejam seus objetivos é intrínseca a compreensão de que é preciso saudar o consumidor que, após tanto tempo enclausurado, vê-se novamente livre para comprar in loco os presentes de Natal da família, do amigo-secreto da firma, as roupas das festas de réveillon – que já estão com seus ingressos esgotados por todo o Brasil. E, para o cliente, não há saudação melhor do que VANTAGENS.
E aí, é hora do lojista se destacar na criatividade: quais produtos preciso “queimar estoque”? Que descontos agressivos posso oferecer? Posso fazer combos, kits, vendas casadas, parcerias com distribuidores e fornecedores para oferecer preços melhores que a concorrência? Tenho caixa para oferecer créditos a perder de vista? Como garantir a recorrência desse cliente que, enfim retorna às compras de fim de ano?
Momento de nos aplicarmos no que mais marca o nosso segmento: análises de cenários, tendências de mercado, comportamentos de cada setor. O Fim de Ano é logo ali e promete ser, literalmente, um momento de virada para o varejo.